As memórias flash evoluiram muito desde o seus primeiros modelos. Novas tecnologias possibilitaram o aumento da quantidade de bits armazenados enquanto o preço caiu consideravelmente. A seguir veremos mais sobre essa evolução tecnológica.
As memorias flash se dividem em dois tipos NOR e NAND. A primeira versão das memorias flash foi do tipo NOR e foi lançada em 1998. O seu sistema de endereçamento é muito parecido com a da memória RAM. A sua arquitetura permite a execução de programas diretamente nela, atraves do sistema "eXecute in Place", o que possibilitou o seu uso para gravar e executar a BIOS das placas mãe.
As memórias NOR são rapidas para ler dados mas lentas para gravar. Essa caracteristica é ideal para gravar firmware e sistemas embarcados que só precisam ser gravados uma vez e podem ser lidos e executados varias vezes posteriormente.
Hoje em dia as memórias flash do tipo NAND dominam o mercado e são usadas em cartões de memória, pendrives, hd externo e ssd. As Flash NAND são muito mais baratas que as NOR e mais rápidas na hora de gravar dados.
Evolução da tecnologia NAND:
Inicialmente, os chips de memória usavam uma tecnologia chamada SLC (Single-Level Cell) onde cada célula só armazenava um único bit (1 ou 0), portanto só eram usadas duas tensões diferentes para definir se o bit seria 0 ou 1. Isso limitava o aumento de capacidade do armazenamento dos chips.
Para superar essa barreira foi criada a tecnologia MLC (Multi-Level Cell), onde cada celula de memória armazena dois bits, ao invés de apenas um. Isso é feito atraves do uso de quatro tensões diferentes, em vez de apenas duas. Essa tecnologia aumenta a capacidade da memoria, porém diminui sua confiabilidade, já que a controladora terá de lidar com mais variações de tensão.
O Die-Stacking foi outra evolução que surgiu para aumentar ainda mais a capacidade de armazenamento. Ele consiste em empilhar vários chips de memória conectados entre si, em um mesmo encapsulamento, barateando a produção de memórias de grande capacidade.